Image Map Descubra como era ser fã antes da internet e das rixas entre fandons - Hey, Aumenta o Som

Descubra como era ser fã antes da internet e das rixas entre fandons


Antigamente não tínhamos esse acesso livre e indiscriminado à internet como hoje em dia. Na verdade, nem tínhamos acesso a internet. Então sabíamos que quando houvesse lançamento musical de algum álbum ou single, esse seria feito via rádio ou via TV. 
Contávamos os dias ansiosamente para podermos escutar aquela música daquele(a) cantor(a) e podermos enfim pedir incansavelmente todos os dias na rádio. 
Na minha época de pré-adolescência/adolescência era muito gostoso esperar os lançamentos. Reuníamos na casa de algum dos nossos amigos mais ricos (que possuíam toca fitas) para podermos gravar determinada canção e assim, escutá-la a semana toda sem depender da boa vontade das rádios.
E assim acontecia: alguém gravava em k7 para os demais anotarem a letra em uma folha e depois passá-la a limpo num caderno, ou num diário ou simplesmente em folhas de papel que seriam guardadas com todo carinho em pastas.
Eu sou do tempo que música unia pessoas de diversas raças e etnias, todas com um objetivo em comum: sentir a letra e a melodia, se divertir e se identificar. 
Esperávamos meses para poder comprar a fita do artista, horas para a música tocar na rádio e quando acontecia, a alegria dominava.
Quando todos  já tinham seu toca fitas, trocávamos experiências em nós: cada um gravava da rádio as músicas que mais gostavam e assim as fitas k7 iam rodando de mão em mão para serem reproduzidas de forma que todos nós tínhamos as favoritas de todos os amigos, deixando a festa mais diversificada quando havia alguma. 
Era gostoso ser fã: todos tinham revistas e recortes de jornais e todos respeitavam o ídolo alheio.
Com a chegada da internet, a busca pelos downloads ilegais cresceu muito e prejudicou as vendas de todos no ramo da indústria fonográfica. 
Não vou mentir, eu faço parte dessa geração que baixa música ilegal sim, mas em minha defesa, sou colecionadora de CDs originais, então, faço antes o download para constatar minha vontade de ter o álbum.
Porém, com os serviços de streaming, isso ficou bem mais fácil e legal dentro dos termos da lei. Posso simplesmente ir na plataforma e ouvir online sem prejudicar o artista que estou ouvindo, pois se tem uma coisa que eu valorizo muito é a arte, principalmente a musical.
Porém hoje em dia, a realidade é mais ácida do que realmente temos ideia: Se a internet veio para facilitar a divulgação do artista e de seu trabalho por um lado, por outro ela também serve de palco para a distribuição de ódio gratuito dos chamados "chart fãs" e haters. 
Esses indivíduos ficam o dia todo na internet derramando mais e mais seu veneno, pois não há mais nada em sua vida que possa ser feito. Eles se consideram muito fãs, porém não dos artistas: dos números.
Um número um, um top 10 e um top 100 são importantes? Claro que são! Que artista não quer viver de sua arte e ver a mesma sendo reconhecida? Mas não são tudo.
Música não é feita para charts, pelo menos não música de verdade. Aquela que toca o coração. Aquela que você sente que foi escrita para você. Apenas você. 
Música devia servir para unir. E não para criar rixas desnecessárias entre fandons, para distribuição de ódio gratuito entre os mesmos e destes para os ídolos. 
Se você perde tempo brigando na internet por uma coisa sem sentido e que não vai acrescentar em nada na sua vida de "fã", saiba que você ainda tem muito que aprender. 
Desejo de coração que a próxima vez que ouvirem uma canção, a sintam. E não dê importância aos charts. Se a música te toca profundamente, ela já cumpriu com louvor o seu papel.

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